sábado, 21 de junho de 2014

CORPO E SANGUE DE CRISTO - CORPUS CHRISTI


Alimento verdadeiro, permanece o Cristo inteiro quer no vinho, quer no pão. É por todos recebido, não em parte ou dividido, pois inteiro é que se dá! 

Um ou mil comungam dele, tanto este quanto aquele: multiplica-se o Senhor. Dá-se ao bom como ao perverso, mas o efeito é bem diverso: vida e morte traz em si...Pensa bem: igual comida, se ao que é bom enche de vida, traz a morte para o mau.
 Eis a hóstia dividida... Quem hesita, quem duvida? Como é toda o autor da vida, a partícula também. Jesus não é atingido: o sinal é que é partido; mas não é diminuído, nem se muda o que contém. 

Eis o pão que os anjos comem transformado em pão do homem; só os filhos o consomem: não será lançado aos cães! 
Em sinais prefigurado, por Abraão foi imolado, no cordeiro aos pais foi dado, no deserto foi maná... 
Bom pastor, pão de verdade, piedade, ó Jesus, piedade, conservai-nos na unidade, extingui nossa orfandade, transportai-nos para o Pai! 
Aos mortais dando comida, dais também o pão da vida; que a família assim nutrida seja um dia reunida aos convivas lá do céu!
1Cor 10,16-17 - Irmãos: O cálice da bênção, o cálice que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo? Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão.

EU SOU O PÃO VIVO DESCIDO DO CÉU; QUEM DESTE PÃO COME, SEMPRE HÁ DE VIVER! - Jo 6,51
"Ele, verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-se a vós pela nossa salvação, instituiu o Sacrifício da nova Aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória. 
Sua carne, imolada por nós, é o alimento que nos fortalece. Seu sangue, por nós derramado, é a bebida que nos purifica..."

Jo 6,51-58 - Naquele tempo, disse Jesus às multidões dos judeus: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo.” 
Os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?”
 Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 
Porque a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue, verdadeira bebida. 
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me  enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que me recebe como alimento viverá por causa de mim. 
Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre.”
CORPO DE CRISTO -  O SACRAMENTO DA EUCARISTIA; “EIS O MEU CORPO, COMEI. EIS O MEU SANGUE, BEBEI”
A riqueza inesgotável do sacramento da eucaristia exprime-se nos diversos nomes que lhe são dados. Cada uma destas designações evoca alguns de seus aspectos. Ele é chamado:

Eucaristia, porque é ação de graças a Deus.  As palavras “eucharistein”- Lc 22,19, 1Cor 11,24 e  “eulogein” – Mt 26,26; Mc 14,22 – Lembram as bênçãos judaicas   que proclamam sobretudo durante a refeição as obras de Deus: a Criação, a Redenção e a Santificação.
Também é a Ceia do Senhor, pois se trata da ceia que o Senhor fez com seus discípulos na véspera de sua paixão, e da antecipação da ceia das bodas do Cordeiro na Jerusalém celeste.

É fração do Pão, porque este rito, próprio da refeição judaica, foi utilizado por Jesus quando abençoava e distribuía o pão como presidente da mesa, de maneira especial, por ocasião da Última Ceia.
 É por este gesto que os discípulos o reconhecerão após a ressurreição, e é com esta expressão que os primeiros  cristãos designarão suas assembleias eucarísticas. Com isso querem dizer que todos os que comem do único pão partido, Cristo, entram em comunhão com Ele e, assim, formam um só corpo Nele.
 É Assembleia eucarística – synaxis , porque a Eucaristia é celebrada na assembleia dos fiéis, expressão visível da Igreja e é memorial da Paixão e da ressurreição do Senhor.
 É Santo Sacrifício, porque atualiza o único sacrifício de Cristo Salvador e inclui a oferenda da Igreja; ou também santo sacrifício da Missa, “sacrifício de louvor” – Hb 13,15, sacrifício espiritual, sacrifício puro e santo, pois realiza e supera todos os sacrifícios da Antiga Aliança.
 É Santa e divina Liturgia, porque toda a liturgia da Igreja encontra seu centro e sua expressão mais densa na celebração deste sacramento; é no mesmo sentido que se chama também celebração dos Santos Mistérios. Fala-se também do Santíssimo Sacramento, porque é o sacramento dos sacramentos.
 Com esta denominação designam-se as espécies eucarísticas guardadas no tabernáculo;
É Comunhão, porque é por este sacramento que nos unimos a Cristo, que nos torna participantes de seu Corpo e de seu Sangue para formarmos um só Corpo; denomina-se ainda as coisas santas: tahagia; sancta – este é o sentido primeiro da “comunhão dos santos” de que fala o Símbolo dos Apóstolos ; pão dos anjos, pão do céu, remédio de imortalidade, viático...
É Santa Missa, porque a liturgia na qual se realizou o mistério da salvação termina com o envio dos fiéis – missio: missão, envio , para que se cumpram a vontade de Deus em sua vida cotidiana.
Prezados irmãos, como é nossa relação pessoal com a Eucaristia ?  Como temos celebrado a Santa Missa ?  Como viver uma verdadeira  “vida eucarística?” 

Reflexão dos Padres da 4ª Forania  do Vicariato da Leopoldina da Arquidiocese do Rio de Janeiro , cf. CEC 1328-1332.

PARÓQUIA SANTA EDWIGES
BRÁS DE PINA – RJ
Pároco Givanildo Luiz Andrade
Imagens Daniel Verdial

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