segunda-feira, 13 de abril de 2015

GRAÇA, MISERICÓRDIA E PAZ - II DOMINGO DA PÁSCOA


Hoje é a Oitava da Festa pascal, o Domingo seguinte. E como no Domingo passado, também hoje, neste Domingo, o Senhor vem ao encontro dos seus discípulos e coloca-se no meio deles. Será sempre assim: a cada oito dias os cristãos reunidos experimentarão na Palavra proclamada e no Sacrifício eucarístico celebrado, a presença real, viva e atuante Daquele que ressuscitou e caminha conosco, ou melhor, caminha à nossa frente.
 E como Tomé, nós, a cada Domingo, admirados, exclamamos: “Meu Senhor e meu Deus!” E queremos, emocionados, ouvi-lo novamente dizer a nossa respeito: “Acreditaste porque me viste, Tomé. Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Bem-aventurados nós, caríssimos meus em Cristo aqui presentes! Bem-aventurados nós que firmemente cremos no Senhor e participamos do seu Sacrifício eucarístico, ainda que não tenhamos visto o Senhor com os olhos da carne!
Eis precisamente aqui a mensagem deste Domingo da Oitava: fazer-nos conscientes do nosso encontro, da nossa comunhão real, íntima, transformante, com o Senhor ressuscitado. Este encontro que ocorre de modo mais intenso a cada Domingo na Eucaristia – e, por isso mesmo, faltar à Missa dominical é excluir-se da Comunidade dos discípulos, é “ex-comungar-se”, é colocar-se fora da Comunhão com o Ressuscitado e aqueles aos quais ele chama de “meus irmãos”… 
 Este encontro que ocorre de modo mais intenso a cada Domingo nesta Eucaristia, não começou aqui; iniciou-se no nosso Batismo, quando recebemos, no símbolo da água, o Espírito Santo do Ressuscitado, passando a viver nele que, no seu Espírito, veio realmente viver em nós! 

VENCE O MUNDO QUEM CRÊ EM JESUS 
“Quem crê em Jesus, vence o mundo, vence o pecado, vence a tragédia de uma vida sem sentido”. 

“Quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” 
 “Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. Não veio somente com a água, mas com a água e o sangue. E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade”. 

 Vence o mundo quem crê em Jesus; não num Jesus do passado, mas num Jesus que está vivo e na força do Espírito Santo, o Espírito da Verdade, que Ele derramou sobre nós, vem ao nosso encontro, habita em nosso íntimo.
É nos sacramentos que recebemos o Espírito Santo, é nos sacramentos que o Senhor entra em comunhão conosco e nós com Ele. Ele vem continuamente, vivo e vivificador pela água do Batismo e o Sangue da Eucaristia! Nos santos sacramentos, nós experimentamos Jesus, recebemos a vida de Jesus e podemos testemunhar ao mundo que Jesus está vivo e atuante! Que realidade tão misteriosa; que graça tão grande: Jesus é o que vem sempre à sua Igreja na água e no sangue; e ambos nos dão o Espírito Santo de Jesus!
 ETERNA É A SUA MISERICÓRDIA
"Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese. Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré. O Pai, "rico em misericórdia" (Ef 2, 4), depois de ter revelado o seu nome a Moisés como "Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade" (Ex34, 6), não cessou de dar a conhecer, de vários modos e em muitos momentos da história, a sua natureza divina. 
Na "plenitude do tempo" (Gl 4, 4), quando tudo estava pronto segundo o seu plano de salvação, mandou o seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de modo definitivo, o seu amor. Quem O vê, vê o Pai (Jo 14, 9). Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa,

Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus.
Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. 
Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.
Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai. 

"Eterna é a sua misericórdia": tal é o refrão que aparece em cada versículo do Salmo 136, ao mesmo tempo que se narra a história da revelação de Deus. 
Em virtude da misericórdia, todos os acontecimentos do Antigo Testamento aparecem cheios dum valor salvífico profundo. 
A misericórdia torna a história de Deus com Israel uma história da salvação. O fato de repetir continuamente "eterna é a sua misericórdia", como faz o Salmo, parece querer romper o círculo do espaço e do tempo para inserir tudo no mistério eterno do amor.

QUE A IGREJA SE FAÇA VOZ DE CADA HOMEM E MULHER E REPITA COM CONFIANÇA E SEM CESSAR: "LEMBRA-TE, SENHOR, DA TUA MISERICÓRDIA E DO TEU AMOR, POIS ELES EXISTEM DESDE SEMPRE" (SL 25/24, 6). 

“Misericordiae Vultus” - Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia – Papa Francisco, Bispo de Roma Servo dos Servos de Deus

Acesse: clique na imagem para ler na íntegra.


Paróquia Santa Edwiges em Brás de Pina
Pároco: Padre Givanildo Luiz Andrade
Fotografia: Daniel Verdial

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