terça-feira, 2 de setembro de 2014

JESUS, PEDRO E NÓS – 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Ele é o caminho que conduz para vós, a verdade que nos liberta e a vida que nos enche de alegria. Por vosso Filho, reunis em uma só família os homens e as mulheres, criados para a glória de vosso nome, redimidos pelo sangue de sua cruz e marcados com o selo do vosso Espírito.
Evangelho (Mt 16,21-27): A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! 
Que isto nunca te aconteça!” Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!”. 
Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. 
De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta”.
“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” – Mt 16, 24

Homilia de Padre Givanildo Luiz Andrade
E, assim, caminha o povo de Deus, abraçando, com consciência, esta proposta de fidelidade que o Pai confiou ao Filho  e  através de Jesus,  transbordada para nós.  Agosto é um mês rico em significados. Nele, celebramos a vocação. 
Vocação significa chamado, o que implica ouvir a voz de alguém que chama e por conseguinte, um outro que responde ao chamado. Não se trata  apenas de um diálogo, mas da construção de um Projeto de vida, pressupondo liberdade e decisão. Por isso, Jesus é bem claro em suas palavras: “Se alguém quer”. 
Querer, desejar, aspirar, abraçar, mergulhar, revestir-se de, lançar-se a, são condicionantes que só um coração livre pode optar com confiança e liberdade, pois a pesar de ser um projeto de vida trabalhado “a dois”, que vai se desenrolando ao correr o tempo, entra, evidentemente, a “outra metade” que é o eu de cada um que adere. 
Assim, Jesus irá a Jerusalém. É um Projeto do Pai para ele. “Seguir Jesus  é uma escolha cheia de consequências e de compromissos”. Jeremias, em sua fidelidade ao Senhor, irá experimentar o peso e a doçura desta opção ao Projeto de Deus: “Tornei-me alvo de irrisão o dia inteiro, todos zombam de mim... não quero mais lembrar-me  nem falar mais em nome Dele” – Jr 20,7;9 – Mas, como voltar atrás, uma vez que foi seduzido e deixou-se seduzir? Foi-lhe aceso “um fogo ardente” penetrando o seu corpo que não lhe permitiu mais retroceder – Jr 20,9.
Uma vez despertado em nós o amor, fica impossível não abraçar as consequências deste sentimento. Uma hora agimos pela inspiração do Espírito, outra pela simples emoção. Isto é próprio de quem gosta, de quem se arrisca numa relação  comprometedora. Pedro avança para “águas mais profundas”. 
Ainda não tem a compreensão ampla do Projeto do Pai para Jesus e que será seu e de todos e todas que se “deixarem seduzir” por Deus. Pedro ainda está no plano puramente humano e como tal, “ele e nenhum ser humano quer sofrer, nem que suas pessoas queridas sofram! Jesus  também não quer o sofrimento. Toda a sua vida dedicou-se a combater o sofrimento na doença, nas injustiças, na marginalização, no pecado ou na desesperança.
 Ele não corre atrás da morte, mas também não recua, não foge diante das ameaças, nem modifica sua mensagem, nem a adapta ou suaviza”.
Assim é a vocação. À voz do Pai que chama, há a resposta. A construção do Reino começa aqui, “já está entre nós”, disse-nos João Batista. 
Aprender com Jesus. Ele “doou-se às pessoas sem importar-lhe se, com isso, se descuidava de sua vida ou se a colocava em perigo”. Pedro, os discípulos, nós e tantos outros, também vamos avançando para Aquele ponto comum a todos: “para onde iremos? Vós tendes palavras de vida eterna”.
Um abraço forte em todo(a)s os catequistas, estas pessoas maravilhosas que ajudam na construção do Reino de Deus. A paz. Cf. também Unissinos – Espiritualidade  – 22 º Domingo do Tempo Comum

ORAÇÃO PELOS CATEQUISTAS
Senhor Jesus, Palavra Eterna do Pai, somos teus servos, somos teus amigos! Sendo servos, somos amigos. Sendo amigos, somos servos.  Tu, que não vieste para ser servido, mas para servir; Tu que, lavando os pés dos discípulos, ensinastes a agir do mesmo modo,  envia teu Espírito sobre nós.  
Que Ele nos envolva com o sentido do serviço,  para que, disponíveis de coração,  possamos atender ao chamado que, por tua Igreja, Tu nos fazes,  para te seguir no serviço, para servir ao irmão, no teu seguimento. Fica conosco, Jesus!  Abençoa os catequistas  presentes em toda a tua Igreja.  Desperta outros corações para esta grande missão.  Recebe no céu os que, nesta vida, foram catequistas. Amém.

Paróquia Santa Edwiges em Brás de Pina
Pároco Pe Givanildo Luiz Andrade
Imagens Daniel Verdial


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