quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O SENHOR E A VINHA: UMA HISTÓRIA DE AMOR – IS 5, 1-7; MT 21,33-43 – 27º D. T. COMUM


Há diversos modos de se dirigir a uma pessoa quando se tem afeto por ela. O sentimento é expressado  em diversas formas: o olhar, gestos, sorrisos, palavras, atitudes.
 Neste sentido, também a liturgia da Palavra de hoje vem ressaltando o sentimento de amor entre o Senhor e a sua Vinha. Is 5,1-7.
Assim, este canto relata o cuidado, o zelo do Senhor por quem goza de sua predileção. O seu elevado valor, a sua predileção, faz com que o solo seja preparado e estruturado para receber a plantação: cavar a terra, adubar o solo.
Trata-se  da história de um povo: Israel e Judá, plantado pelo Senhor e ao qual deu condições para que produzisse bons frutos. Frutos de justiça e direito.
Jesus traz à tona este canto de Isaias na parábola dos “vinhateiros homicidas”. Mt 21,33-43. Ilustrando que o Reino de Deus será entregue a um outro povo, mesmo que venha por último, ou seja, do paganismo, mas que queira pertencer  ao Senhor e produzir bons frutos.
É uma história permeada de crises e misericórdia. Crises, porque, o Senhor “teve todos os cuidados para com o povo escolhido: ‘cercou-a, limpou-a de pedras, plantou videiras escolhidas, edificou uma torre no meio e construiu um lagar’.
 
Todavia, a videira produziu uvas selvagens. Tirados da escravidão e plantado na terra Prometida, terra onde corre leite e mel, deveria produzir bons frutos, mas produziu  apenas frutos ruins:  a idolatria, a prostituição com falsos deuses, a confiança maior no poder estrangeiro do que no Deus forte que os havia tirado com mão forte  da casa da escravidão. 
 Misericórdia, porque Deus, ao longo da história da salvação, embora tenha permitido que o seu povo escolhido sofresse as consequências do pecado indo e vindo dos dois exílios, nunca os abandonou à própria sorte e sempre esperou  pacientemente pelos seus frutos.”
Eis a imagem do Povo de Deus: a Vinha. Do que sobrou desta Vinha, o “resto de Israel, será somado um novo Povo , constituído a partir do mistério  da Páscoa de Cristo, que produzirá bons frutos de justiça e de direitos, que será guardiã dos mistérios do Reino.
A este povo qualquer um pode pertencer, pela adesão a Cristo por meio da fé, e uma fé que não seja estéril, mas que produza frutos de justiça.

 Um povo que se ocupará “com tudo o que for verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é virtude ou de qualquer modo mereça louvor – pois, confiará suas inquietações e necessidades ao Senhor que guardará seus  corações e pensamentos em Cristo Jesus” – Fl 4, 6-9.
O Senhor denomina seu povo por vinha, lugar valioso onde o Senhor plantou seu Reino de Justiça e Direito. Que tal tomarmos posse desta Palavra de Deus e assumirmos uma atitude de responsabilidade perante  a Natureza?

Que tal plantar uma árvore? Que tal ter uma atitude coerente com relação ao consumo? Ao desperdício de água, do uso indevido do automóvel? Que tal redirecionar a nossa maneira de viver no Mundo? Amá-lo, protegê-lo? 
No dia 04.10, foi o dia de São Francisco de Assis. O que estamos fazendo em favor dos futuros filhos de Deus que habitarão depois de nós, este Planeta?

Cf também : Testemunho de Fé, n. 869, edição semanal n.712 de 5 a 11 de10.2014, pg 16: liturgia: Igreja,povo de Deus, pe Fábio Siqueira.

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