quarta-feira, 15 de outubro de 2014

CARREATA EM HONRA A SANTA EDWIGES NOSSA PADROEIRA

Na celebração de canonização de Edwiges, no ano de 1267, o Papa Clemente 4º a apresentava como exemplo digno de ser imitado no que se refere à pratica do amor ao próximo. Chegou até a indicar alguns trechos da Escritura em que Edwiges se inspirava para sua assistência social e auxílio dos necessitados.
O Papa disse que Edwiges gravou em seu coração as palavras do Senhor: “Sede pois, misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso” (Lucas 6, 36). 
Edwiges espalhava o bem entre os necessitados, com rapidez e decisão, como se tivesse sempre em mente as palavras do Evangelho: “E respondendo, o Rei lhes dirá: ‘Em verdade vos digo que, quantas vezes vós fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim é que o fizestes’” (Mt 25, 40).
Edwiges ajudava os pobres, cuidava dos doentes e famintos, tratava com carinho e atenção às parturientes e jamais esquecia as viúvas e órfãos. 
Em qualquer parte onde pudesse perceber necessidades e falta de recursos, acorria em auxílio, guiada pelo amor de seu coração.

E não fazia isto como outras princesas ou rainhas que mandavam seus serviçais, mas sim ia pessoalmente e apresentava sua ajuda, seguindo as palavras do Mestre que diz: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5, 7).
A Duquesa Edwiges tinha como princíío que nenhum dos pobres e necessitados sofresse fome no castelo ducal de Wroclaw. Isto motivou-a a construir uma cozinha para os pobres sob a direção de um cozinheiro experiente. Para os que tinham forme havia um cozinheiro e auxiliares à vontade.
É comum ver a estátua de Santa Edwiges com uma coroa na mão ou com um livro. Às vezes é com um livro e acima dele, apoiada nele, uma coroa. O sinal é que ela era atenta à Palavra de Deus ou às regras de vida escritas pelos Santos e ao mesmo tempo mantinha sua nobreza, sua dignidade.

Mas encontramos também estátuas de Santa Edwiges com pequenas Igrejas na mão. Aliás, é esta a forma mais comum de ver sua representação. 
O motivo é claro: Edwiges dedicou muito de seu tempo e de suas posses para construir lugares onde as pessoas podiam encontrar Deus. Ela construiu Igrejas e Conventos onde pessoas comuns e Monges e Monjas podiam orar, contemplar e estar em comunhão com o sagrado.
Continuando nossa apresentação da vida de nossa Santa Edwiges, lembremos que da última vez contamos que ela havia construído um convento em Trzebnica. Este convento foi muito importante na sua vida. Não sabemos direito como era o seu aspecto externo, pois não restou muito daquele tempo. Sabemos por uma gravura de 1234 e de algumas indicações escritas que o convento era a metade do que é atualmente.
Foram descobertos fornos de aquecimento debaixo do atual piso do convento. Os fornos eram importantes pois mantinham a casa aquecida. Do lado oeste do convento descobriu-se o que deve ter sido a ala dos hóspedes e de acolhida dos peregrinos. Edwiges deve ter morado naquela região do convento.

Nossa Santa se empenhou muito na construção daquele edifício. E através desta construção ela conseguiu também muitos benefícios a seu povo. De fato, a sentença de morte era muito comum naquele tempo. 
 Edwiges conseguia que seu marido, senhor daquelas terras, não executasse os inimigos, mas os direcionava para os trabalhos naquela construção. Fazia assim também com os devedores, não impondo a eles a prisão e a humilhação.

Em 1232 assume o convento de Trzebnica a Monja Gertrudes, filha de Edwiges. As religiosas que lá estavam, pelo que se pode ler nos registros, eram tanto polonesas quanto alemãs. 
Com a prática de estimular a construção deste convento e outras obras, Edwiges marcava presença e influenciava positivamente a sociedade de seu tempo, gerando também possibilidades de vida e dignidade para seus súditos, especialmente os mais empobrecidos.


PARÓQUIA SANTA EDWIGES
BRÁS DE PINA – RJ
Pároco: Pe Givanildo Luiz Andrade
Texto: Santuário de Santa Edwiges
Arquidiocese de São Paulo, Região Episcopal Ipiranga – SP - Imagens: Daniel Verdial

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