terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

V DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A 2014

EM JESUS CRISTO, NÓS SOMOS CHAMADOS A TAMBÉM SER LUZ PARA O MUNDO, PRATICANDO OS ENSINAMENTOS DE DEUS E ABANDONANDO UMA VIDA DE PREPOTÊNCIA, ORGULHO, VAIDADE E AUTOSSUFICIÊNCIA. 

Ser cristão é também ser uma luz acesa na noite do mundo, apontando os caminhos da vida, da liberdade, do amor e da fraternidade.
Is 58,7-10 - Assim diz o Senhor: Reparte o pão com o faminto, acolhe em casa os pobres e peregrinos. Quando encontrares um nu, cobre- -o, e não desprezes a tua carne. Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa; à frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá. 
Então invocarás o Senhor e ele te atenderá, pedirás socorro, e ele dirá: “Eis- -me aqui.” Se destruíres teus instrumentos de opressão, e deixares os hábitos autoritários e a linguagem maldosa; se acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo o socorro ao necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o meio-dia.
1Cor 2,1-5 - Irmãos, quando fui à vossa cidade anunciar- vos o mistério de Deus, não recorri a uma linguagem elevada ou ao prestígio da sabedoria humana. 
Pois, entre vós, não julguei saber coisa alguma, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. Aliás, eu estive junto de vós, com fraqueza e receio, e muito tremor. Também a minha palavra e a minha pregação não tinham nada dos discursos persuasivos da sabedoria, mas eram uma demonstração do poder do Espírito, para que a vossa fé se baseasse no poder de Deus, e não na sabedoria dos homens.
Mt 5,13-16 - Naquele Tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim, num candeeiro, onde brilha para todos, que estão na casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus.”
Homilia de Pe Givanildo Luiz Andrade
Neste domingo, Jesus confirma-nos como Sal da Terra e Luz do Mundo. Já em Isaías, há a afirmação profética para a condição  de que esta luz que fala Jesus venha a brilhar em nós.  
o pão repartido com o faminto, o acolhimento dos pobres e peregrinos, cobrir sua nudez e não desprezar a sua carne:  “Então, brilhará tua luz como a aurora... à frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá... nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o meio-dia” Is 58, 7-8;10. 
É o desejo de Deus que vem atravessando os séculos convidando o homem a sair da escuridão angustiante em que se situam tantas “pessoas que são objeto das diferentes formas de tráfico. Quem dera que se ouvisse o grito de Deus, perguntado a todos nós: 'Onde está o teu irmão?' Gn 4,9. 
Onde está o teu irmão escravo?... na rede da prostituição, nas crianças usadas para a mendicidade... os nascituros os mais inermes e inocentes de todos, que hoje  se quer  negar a 
 dignidade humana para poder fazer deles o que apetece, tirando-lhes a vida e promovendo legislações para que  ninguém o possa impedir... e no entanto esta defesa da vida nascente está intimamente  ligada à defesa de qualquer direito humano.
Supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. Se cai  esta convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às  conveniências contingentes dos poderosos de turno.
 A vida humana é fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades.  Também é preciso afirmar que, para ser Luz do Mundo e Sal da Terra, pressupõe reconhecer que em nossa realidade corpórea, Deus uniu-nos tão estreitamente  ao mundo que nos rodeia, que a desertificação do solo é como uma doença para cada um, e podemos lamentar a extinção de uma espécie como se fosse uma mutilação.
Não deixemos que, à nossa passagem, fiquem sinais de destruição e de morte que afetem a  nossa vida e a  das gerações futuras. Para sermos luz e sal, precisamos nos moldar a Jesus que é a verdadeira Luz e o sabor da nossa vida. Assim, compete a nós, pelo chamado de Jesus Cristo, cuidar da fragilidade do povo e do mundo em que vivemos
(Papa Francisco, A Alegria do Evangelho ns. 211-216). 

Paróquia Santa Edwiges - Brás de Pina - RJ
Pároco Givanildo Luiz de Andrade
Imagens Daniel Verdial