segunda-feira, 14 de abril de 2014

“BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR, O REI DE ISRAEL” – Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.


Caminho que também nós somos chamados a percorrer. Constitui um caminho essencial da espiritualidade cristã: O caminho da verdade.
 É o próprio Jesus, que desceu livremente até o ponto mais baixo, tornando-se o último.
 O seu rebaixamento se dá em  degraus: de sua divindade – assume a condição humana, torna-se escravo, sofre a morte e morte de cruz. 
 Esvazia-se totalmente de qualquer dignidade; reduz-se a nada.
Renunciou sua condição divina e aos próprios direitos naturais de uma pessoa comum.
Como escravo, perdeu toda as possibilidades de defender-se  das acusações injustas e, por isso, foi condenado  e morto como “maldito”. Desse ponto mais baixo possível, é elevado pelo Pai ao ponto mais alto. 
 Por causa de sua obediência e humilhação até as  últimas consequências, foi exaltado por Deus , recebendo “o nome que está acima de todo nome”.
 O rebaixamento de Jesus revela sua solidariedade radical com  os últimos da sociedade, com aquelas pessoas sem valor, desprezadas, excluídas e descartadas.
 Conduziu sua vida não para a realização de interesses próprios. Não veio em busca de honra, de glória; veio sim, como servidor voluntário das pessoas necessitadas; passou a vida fazendo o bem.
 Seu lugar social era o outro; aos “impuros” oferece o seu amor prioritário e a salvação divina. 
 Esse Jesus que se fez escravo nos convida ao seu seguimento. Ele é o Messias e Salvador. Ele é nosso Mestre, Deus e Senhor de todos as coisas. 
 A ele dobramos nossos joelhos e prestamos homenagem, juntamente com toda a criação.
 Jesus é o servo sofredor, abandonado, incompreendido e ultrajado, permanece fiel à sua missão. Traído, é negociado por Judas por 30 moedas, o valor de um escravo naquela época. 
 Em profundo sofrimento, em total solidão, derrama sua alma diante do Pai, em quem pode confiar plenamente. 
 Manifesta-lhe toda a sua fraqueza, pede-lhe socorro e dobra-se à vontade divina, manifestando-se firme na decisão de concluir sua tarefa com todas as consequências.
 Os discípulos que deveriam vigiar com Jesus e apoiá-lo nessa hora de extrema dor, preferem abandonar-se ao sono. Considerado “maldito de Deus”, conforme declara o texto do Deuteronômio ( 21,23 ), em seu sofrimento e sua morte, manifesta  a total solidariedade com os sofredores e realiza-se  a redenção da humanidade. O véu do Templo  se rasga de cima abaixo: 
 O Santos dos santos fica exposto. A morte de Jesus ressuscita os mortos. Sua morte resgata a vida de todos.
O Senhor corre apressadamente para a sua paixão. 
 Portanto, prostremo-nos a seus pés com retidão de espírito e em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de folhagens  que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem o seu verdor, prostremo-nos aos pés de Cristo; revestidos do próprio Senhor . Vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo – Gl 3, 27. 
Prostremo-nos a seus pés como mantos estendidos, agitando nossos ramos espirituais, e aclamemos todos os dias, dizendo estas santas palavras: “Bendito o que vem em nome do Senhor, o rei de Israel”.    
(Cf.: Celso Lorache. Vida Pastoral, 277, Paullus, em Católicos com Jesus; Diocese de Colatina, Ano A, n. 1445)
 Com o Domingo de Ramos, iniciamos a Semana Santa, ponto máximo das celebrações de nossa fé. 
 Não transformemos, portanto, este período num grande feriado para o lazer distante da comunidade.
Aproveitemos cada momento que a liturgia nos oferece, participando ativamente e convidando outros irmãos e irmãs para também participarem.

PARÓQUIA SANTA EDWIGES

Rua Gurupema, 36 - Brás de Pina
Telefone: (21) 2260-4310

Pároco Padre Givanildo Luiz Andrade
Imagens> Daniel Verdial



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