segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

II DOMINGO DO ADVENTO 2013 E SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José.  O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo”. Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo: “Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim”. Maria disse ao Anjo:
“Como será isto, se eu não conheço homem?”.
O Anjo respondeu-lhe: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível".
Maria disse então: “Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Homilia de Padre Givanildo Luiz Andrade
Nesta solenidade de Nossa Senhora, dentro do Segundo Domingo do Advento, a primeira leitura situa-nos  no contexto de  que há uma procura  de Alguém por outro: “Onde estás? (Gn 3,9).
É interessante observar que Aquele que procura por nós (Adão ) não pergunta de que modo nos encontramos, nus ou vestidos. Apenas chama-nos: “Onde estás?” É uma pergunta que possibilita duas atitudes: a de responder – falar  e a atitude de sair de onde estamos escondidos: “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo porque estava nu; e me escondi” ( Gn 3,10).
A atitude do ser humano de falar e andar pressupõe o livre arbítrio, conduzido pela vontade: faço? Não faço? É onde acontece o grande “jogo da vida”: a liberdade. Entre os vários membros que compõem o nosso corpo, encontram-se o coração e as mãos. “Porque temos  mãos? 
Há um ditado de Santa Teresa de Ávila segundo o qual Deus não tem mãos. Desse modo ,dizem também outros que mãos foram dadas  para trazer, proteger, confortar, curar, encorajar toda a criação. Há até mesmo o ritual de estender as mãos sobre as pessoas,  para nos ensinar a também impor as mãos uns aos outros, porque podemos um dia ser derrubados e nos encontrar presos num longo pesar. A porta do inferno abre-se de repente, um forte vento nos sopra para trás, com a violência do deslocamento de ar de uma enorme explosão, uma alta porta de ferro de cadeia fecha-se com estrondo atrás de nós. Estamos trancados numa descida súbita e difícil.
A escada de descida não aguenta o nosso peso. O degraus vão se quebrando. Ninguém neste mundo ouve. Ninguém vem. E nós caímos de cabeça, com as partes mais tenras do espírito e da alma deste mundo rasgando-se nos penhascos mais dilacerantes. Esta dura descida desafia toda ternura em nós. Ela pode nos levar a resmungar que somente nos tornado duros e  amargos conseguiremos transpor  essa situação. Descobrimos que estamos não só numa luta para voltar à vida, mas numa batalha para manter nossa alma enraizada em nossos maiores dons: na proximidade da Origem sem origem, da força criativa e da inocência. Lutamos para não entregar nossa natureza tenra.
Lutamos para não nos tornarmos um corpo meio vivo, congelado, incapaz de perdoar, de doar e de sentir, que rejeita o amor e todos os seus potenciais, que em vez disso nos guia com o coração do medo, o olho da raiva, a mão insensível ou todas essas opções. Entretanto, nessa hora, de algum modo, alguém de carne e osso ou uma força do Espírito se estende e impõe uma mão sobre nós, com leveza, para nós sabermos que alguém, ou Alguém, está conosco, sem permitir que fiquemos sós numa hora de tanta dor. É, nos dias e meses pela frente, aquele momento breve, mas memorável, de ser tocado pelo amor e com amor nos ajuda a seguir em frente...
irradiados pela sua bondade. O suficiente  para de algum modo ganhar forças, continuar a encontrar nosso caminho adiante, e com o tempo a saída, a subida de volta a uma vida normal  a céu aberto. Com cicatrizes, sim, mas muitas vezes até mesmo mais alertas do que antes para a alma e o espírito, para o gênio criativo... sempre sábios com e por nossas cicatrizes”. É o tempo de cantar ao Senhor, um canto novo, porque ele fez prodígios (Sl 97) E a confiança de Maria, que vem gerando para nós um Novo Tempo, Tempo de Graça e Reconciliação, porque para Deus “nada é impossível” (Lc1, 37).
*Cf. libertem a Mulher Forte:  o amor da Mãe abençoada pela alma selvagem\Clarissa Pinkola Estes; pp 261-263.Tradução de Waldéa Barcellos, RJ: Rocco, 2012.
CONSAGRAÇÃO DOS COROINHAS A VIRGEM MARIA NO DIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
"Reverendíssimo Padre Givanildo e comunidade Santa Edwiges. Hoje celebramos a festa da Imaculada Conceição de Maria. Narra-se no livro do Genesis que Deus colocou inimizade entre a serpente e a mulher, isso significa que a mulher foi preservada de todo o pecado.
 Sabendo-se disso, hoje consagramos nossos coroinhas a Virgem Maria, Mãe de Deus. Para que Ela possa interceder e livrar nossos coroinhas de todas as ciladas e malícias do inimigo".
"Eu te escolho hoje, ó Maria, na presença de toda a comunidade Santa Edwiges e da corte celeste, por minha Mãe e minha Rainha. Eu te entrego e consagro, com toda submissão e amor, meu corpo e minha alma, meus bens interiores e exteriores, e, também, o valor de minhas boas ações passadas, presentes e futuras.
Concedo-te inteiro e pleno direito de dispor de mim e de tudo o que me pertence sem exceção segundo tua boa vontade, para maior graça de Deus". Amém.
"Todas as nações cantam as vossa glórias ó Maria, por vós nos veio o sol da justiça, o Cristo, nosso Deus". 
Ó Maria Imaculada,
Doce Mãe da Providência,
Governai a nossa vida,
Com materna assistência.
Consolai-nos na aflição, na dor,
Alcançai-nos o perdão de Deus,
E nas trevas sede a luz,
Conduzindo a Jesus!
Acolhei, ó Mãe bondosa,
Nossas preces, nossos cantos.
Ofendemos vosso Filho,
Nos defenda o vosso manto.
Se é tão doce confiar em vós,
Que alegria não será vos ver!...
Concedei-nos, Mãe de Deus,
Vos saudar lá nos céus!


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PARÓQUIA SANTA EDWIGES
Rua Gurupema, 36 - Brás de Pina
Telefone: (21) 2260-4310

Pároco Padre Givanildo Luiz Andrade
Imagens> Daniel Verdial

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