Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um
homem chamado José. O nome da Virgem era
Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: “Ave, cheia de graça, o Senhor
está contigo”. Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação
seria aquela.
Disse-lhe o Anjo: “Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de
Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será
grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu
pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá
fim”. Maria disse ao Anjo:
“Como será isto, se eu não conheço homem?”.
O Anjo respondeu-lhe: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será
chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua
velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada
é impossível".
Maria disse então: “Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Homilia de Padre
Givanildo Luiz Andrade
Nesta solenidade de Nossa
Senhora, dentro do Segundo Domingo do Advento, a primeira leitura
situa-nos no contexto de que há uma procura de Alguém por outro: “Onde estás? (Gn 3,9).
É interessante
observar que Aquele que procura por nós
(Adão ) não pergunta de que modo nos encontramos, nus ou vestidos. Apenas
chama-nos: “Onde estás?” É uma pergunta que possibilita duas atitudes: a de
responder – falar e a atitude de sair de
onde estamos escondidos: “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo porque estava
nu; e me escondi” ( Gn 3,10).
A atitude do ser humano de falar e andar pressupõe o livre arbítrio,
conduzido pela vontade: faço? Não faço? É onde acontece o grande “jogo da
vida”: a liberdade. Entre os vários membros que compõem o nosso corpo, encontram-se
o coração e as mãos. “Porque temos
mãos?
Há um ditado de Santa Teresa de Ávila segundo o qual Deus não tem mãos.
Desse modo ,dizem também outros que mãos foram dadas para trazer, proteger, confortar, curar,
encorajar toda a criação. Há até mesmo o ritual de estender as mãos sobre as
pessoas, para nos ensinar a também impor
as mãos uns aos outros, porque podemos um dia ser derrubados e nos encontrar
presos num longo pesar. A porta do inferno abre-se de repente, um forte vento
nos sopra para trás, com a violência do deslocamento de ar de uma enorme
explosão, uma alta porta de ferro de cadeia fecha-se com estrondo atrás de nós.
Estamos trancados numa descida súbita e difícil.
A escada de descida não aguenta o nosso peso. O degraus vão se
quebrando. Ninguém neste mundo ouve. Ninguém vem. E nós caímos de cabeça, com
as partes mais tenras do espírito e da alma deste mundo rasgando-se nos
penhascos mais dilacerantes. Esta dura descida desafia toda ternura em nós. Ela
pode nos levar a resmungar que somente nos tornado duros e amargos conseguiremos transpor essa situação. Descobrimos que estamos não só
numa luta para voltar à vida, mas numa batalha para manter nossa alma enraizada
em nossos maiores dons: na proximidade da Origem sem origem, da força criativa
e da inocência. Lutamos para não entregar nossa natureza tenra.
Lutamos para não nos tornarmos um corpo meio vivo, congelado, incapaz de
perdoar, de doar e de sentir, que rejeita o amor e todos os seus potenciais,
que em vez disso nos guia com o coração
do medo, o olho da raiva, a mão insensível ou todas essas opções. Entretanto,
nessa hora, de algum modo, alguém de carne e osso ou uma força do Espírito se
estende e impõe uma mão sobre nós, com leveza, para nós sabermos que alguém, ou
Alguém, está conosco, sem permitir que fiquemos sós numa hora de tanta dor. É,
nos dias e meses pela frente, aquele momento breve, mas memorável, de ser
tocado pelo amor e com amor nos ajuda a seguir em frente...
irradiados pela
sua bondade. O suficiente para de algum
modo ganhar forças, continuar a encontrar nosso caminho adiante, e com o tempo
a saída, a subida de volta a uma vida normal
a céu aberto. Com cicatrizes, sim, mas muitas vezes até mesmo mais
alertas do que antes para a alma e o espírito, para o gênio criativo... sempre
sábios com e por nossas cicatrizes”. É o tempo de cantar ao Senhor, um canto
novo, porque ele fez prodígios (Sl 97) E a confiança de Maria, que vem
gerando para nós um Novo Tempo, Tempo de Graça e Reconciliação, porque para
Deus “nada é impossível” (Lc1, 37).
*Cf. libertem a
Mulher Forte: o amor da Mãe abençoada
pela alma selvagem\Clarissa Pinkola Estes; pp 261-263.Tradução de Waldéa
Barcellos, RJ: Rocco, 2012.
CONSAGRAÇÃO DOS COROINHAS A VIRGEM MARIA NO DIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
"Reverendíssimo
Padre Givanildo e comunidade Santa Edwiges. Hoje celebramos a festa da
Imaculada Conceição de Maria. Narra-se no livro do Genesis que Deus colocou
inimizade entre a serpente e a mulher, isso significa que a mulher foi
preservada de todo o pecado.
Sabendo-se disso, hoje consagramos nossos coroinhas a Virgem Maria, Mãe de Deus. Para que Ela possa interceder e livrar nossos coroinhas de todas as ciladas e malícias do inimigo".
"Eu te escolho
hoje, ó Maria, na presença de toda a comunidade Santa Edwiges e da corte
celeste, por minha Mãe e minha Rainha. Eu te entrego e consagro, com toda
submissão e amor, meu corpo e minha alma, meus bens interiores e exteriores, e,
também, o valor de minhas boas ações passadas, presentes e futuras.
Concedo-te
inteiro e pleno direito de dispor de mim e de tudo o que me pertence sem
exceção segundo tua boa vontade, para maior graça de Deus". Amém.
"Todas as nações cantam as vossa glórias ó Maria, por vós nos veio o sol da justiça, o Cristo, nosso Deus".
Ó
Maria Imaculada,
Doce Mãe da Providência,
Governai a nossa vida,
Com materna assistência.
Consolai-nos na aflição, na dor,
Alcançai-nos o perdão de Deus,
E nas trevas sede a luz,
Doce Mãe da Providência,
Governai a nossa vida,
Com materna assistência.
Consolai-nos na aflição, na dor,
Alcançai-nos o perdão de Deus,
E nas trevas sede a luz,
Conduzindo a Jesus!
Acolhei, ó Mãe bondosa,
Nossas preces, nossos cantos.
Ofendemos vosso Filho,
Nos defenda o vosso manto.
Se é tão doce confiar em vós,
Que alegria não será vos ver!...
Concedei-nos, Mãe de Deus,
Vos saudar lá nos céus!
Nossas preces, nossos cantos.
Ofendemos vosso Filho,
Nos defenda o vosso manto.
Se é tão doce confiar em vós,
Que alegria não será vos ver!...
Concedei-nos, Mãe de Deus,
Vos saudar lá nos céus!
--
PARÓQUIA SANTA
EDWIGES
Rua Gurupema,
36 - Brás de Pina
Telefone: (21)
2260-4310
Pároco Padre
Givanildo Luiz Andrade
Imagens>
Daniel Verdial
--