NESTE "XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM", A LITURGIA DA IGREJA TRAZ-NOS A CELEBRAÇÃO DA "FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ", CELEBRAMOS TAMBÉM O INÍCIO DO
"II CERCO DE JERICÓ" E ENTREGAMOS A ARQUIDIOCESE DO RJ, UM CAMINHÃO COM MAIS DE 4 TONELADAS DE ALIMENTOS PARA A "CAMPANHA EM FAVOR DO HAITI". E INSPIRADOS
PELO ANO DA CARIDADE ESTAMOS NOS DIRIGINDO PARA CONSTRUÇÃO DA CASA DE SANTA
EDWIGES. UMA CASA PARA RECEBER CRIANÇAS EM TRATAMENTO DE CÂNCER.
“A Cruz... É um Lugar” por Pe Givanildo Luiz"
Parece uma contradição, pois a cruz, em princípio, é
um instrumento de castigo, de punição e de humilhação pública para os apenados
do Império Romano.
A Cruz é um lugar. Lugar onde acontece a dilaceração do
corpo e consequentemente, a morte. A sentença final.
No entanto,
naquele lugar pequeno e estreito, para caber alguém é necessário estender os
braços na forma horizontal e os pés na vertical. Tão estreito que é preciso
colocar os pés um sobre o outro para que sejam pregados.
Lugar que pode se
situar sobre os montes ou nos vales, nas planícies ou nos corações. O que torna
este lugar, a cruz, tão peculiar, tão extraordinário é a passagem e a
permanência de Jesus Cristo por ela.
Continua a ser assim: um lugar de súplica,
de fome, de sede, de injustiça, de abandono e dor. Todavia, não é mais o mesmo
depois que Cristo galgou a sua altura. “Do mesmo modo que como Moisés levantou
a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado”
– Jo 3,14.
A vida humana não é só visibilidade e contingenciado pelo tempo deste
mundo. Há, também na sua essência, naquilo que o caracteriza como pessoa, o
mistério de Deus atuando, que desce à terra através de Jesus Cristo: “Desceu do
céu, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna” – Jo 3, 15.
Importa dizer,
que, a cruz se torna passagem de uma situação de dor e morte para a vida
eterna: “Para aonde eu vou há muitas moradas” – disse Jesus.
É preciso ir ao seu encontro, como naquela manhã ainda escura ,mas já iluminada
pelos primeiros raios de luz do novo dia, que houve o encontro de Jesus e a mulher que o buscava: “Buscai Jesus de Nazaré que foi crucificado.
Ele ressuscitou, não está aqui”. Não buscá-Lo no túmulo. É possível que o
encontremos nos pobres e famintos, nos injustiçados. O Cristo Senhor ainda pode
ser encontrado na cruz, no Gólgota do mundo atual.
O Papa Francisco, por ocasião da sua visita a um
cemitério na Itália para celebrar pelos que tombaram na Primeira Guerra Mundial
que completa 100 anos, disse que “o mundo
atual vive a 3ª Guerra Mundial em diferentes
aspectos.” O Cristo ressuscitado vive pregado na cruz dos que têm fome, das vítimas da violência,
dos injustiçados em todos os níveis da vida.
“São o crucifixo vivo que
precisamos contemplá-lo e tirá-los da cruz com o nosso amor, aliás, o amor de
Deus, pois “ Deus amou tanto o mundo, que nos deu o seu filho, para que não
morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” – Jo 3, 16.
É neste amor
solidário que acontece o Encontro aos pés da cruz. Assim, se busca aliviar-lhes a fome, a indiferença e
a dor dos que sofrem, que vamos, também tirando Jesus da cruz e dizer-lhe mais
uma vez, “fica conosco Senhor, pois anoitece.
Evangelho (Mt 18,21-35): Pedro dirigiu-se a Jesus perguntando: "Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" Jesus respondeu: "Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos. Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável. Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida.
O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória.
Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei’. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo.
Quando viram o que havia acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos,
procuraram o senhor e lhe contaram tudo. Então o senhor mandou chamar aquele
servo e lhe disse: ‘Servo malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me
suplicaste.
Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive
compaixão de ti? O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos
carrascos, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está
nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão".
CAMPANHA EM FAVOR DO HAITI
A Comunidade de Santa Edwiges em Brás de Pina, entregou ontem à Arquidiocese do Rio de Janeiro, como fruto de nossa solidariedade com os irmãos do Haiti, aproximadamente 5000 mil quilos de feijão, arroz, fubá e leite em pó.
É um gesto concreto neste Ano
da Caridade. Esperamos em breve, iniciarmos um Projeto de promoção humana que
dará fruto permanente em nossa
Comunidade: a construção da Casa de Santa Edwiges. Uma casa para receber
crianças em tratamento de câncer.
Sobretudo para as crianças que residem fora da cidade do Rio de Janeiro.
Oremos por esta causa. Sou grato a esta Comunidade tão bonita e generosa. A
paz.
Padre Givanildo Luiz Andrade
Paróquia Santa Edwiges em Brás de Pina
Imagens Daniel Verdial
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