EIS A BONDADE DO SENHOR, QUE DE UM SIMPLES PASTORZINHO FARÁ NASCER O SALVADOR QUE REINA PARA SEMPRE.
Eis! Estamos no
último dos quatro Domingos do santo Advento! A Igreja, agora,
é toda atenção, toda contemplação do mistério da Encarnação, preparando-separa
celebrar o Natal do Senhor.
Sua vinda é a nossa salvação, sua
chegada é o anúncio da esperança a todos os povos, a toda a humanidade, a anual
celebração do seu Natal recorda-nos que nosso Deus não é de longe, mas de
perto, de pertinho da humanidade toda e de cada um de nós. O Filho eterno de
Pai fez-se homem para encher de Vida divina a nossa existência humana.
Com a aproximação do Santo Natal, contemplamos a
benevolência de Deus para toda a humanidade: no segredo do seu coração havia um
amoroso e misterioso projeto: salvar toda a humanidade pelo fruto que haveria
de vir da raça de Israel, da tribo de Judá, da Casa de Davi.
O que nos deve
encantar neste Domingo, caríssimos, não é somente a grandiosidade desse
Mistério, dessa surpresa de um Deus que, desde sempre, preocupou-se com todos,
com toda a humanidade e não só com Israel… o que nos deve encantar é também o
modo como o Senhor realiza o seu desígnio: Ele age nos escondido da história
humana, no pequenininho de nossas vidas, nas humildes decisões de nossa
existência.
Eis a bondade do Senhor, que de
um simples pastorzinho fará nascer o Salvador que reina para sempre. Depois,
podemos pensar em José, naquele que tinha recebido como prometida em casamento
uma virgem mocinha chamada Maria… José, homem simples, moço de Deus.
E o Senhor, misteriosamente o
escolhe para ser o esposo daquela na qual se cumprirão as palavras do Senhor.
Recordemo-nos do Evangelho segundo São Mateus: “José, filho de Davi, não
temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito
Santo.
Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele
salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1,20-21).
Pobre José! Bendito José!
Jamais esperaria tal coisa, tal gesto imprevisto do Santo de Israel! Ele, um
simples carpinteiro, cuidador, tutor, guardador, de um filho que não seria seu
filho! Ele escutaria, doravante, o Filho eterno do eterno Pai, chamá-lo de pai!
Finalmente,
pensemos em Maria. Aqui a surpresa de Deus chega ao máximo. Uma jovenzinha
pobre, uma virgem sem nome importante, perdida nas montanhas do norte da Terra
Santa, em Nazaré da Galiléia.
E o Senhor Deus lhe dirige a palavra, faz-lhe a
mais estonteante proposta que um pobre filho de Eva jamais escutara: ser,
virginalmente, a mãe do Messias, a Mãe do Filho de Deus, a Terra bendita e
santa na qual brotaria a Raiz de Jessé, o Rebento prometido; ser a doce a
Aurora do Dia sem fim, ser a Estrela d’Alva que prenuncia o Sol eterno!
“Alegra-te, Cheia de Graça! O Senhor é contigo, Virgem Maria! Não tenhas medo,
Maria, porque encontraste graça diante de Deus!”
O Senhor vem e nos convida a nós – a mim e a você – a que abramos nossa vida,
nosso pequeno cotidiano, para a sua presença. Através de cada um de nós Ele
deseja continuar a obra de sua salvação, a marca da sua presença neste mundo
enfermo e cansado.
Virgem Maria,
Mãe de Deus, São José, esposo da virgem, São Davi, rei e profeta, intercedei
por nós, para que sejamos dóceis e úteis instrumentos da salvação que Deus hoje
quer revelar e atuar no coração dos homens e do mundo. Que através de nossa
pobre vida, vivida com disponibilidade, o Senhor Jesus seja visto no nosso
mundo tão confuso, tão disperso, tão superficial e ameaçado por tantas trevas.
Amém.
presbíteros.com