Despontou o dia da salvação. A morte foi vencida, o Cordeiro
ressuscitou.
A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida
em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos.
A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.
A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que
“passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, Se deu até à morte; por
isso, Deus ressuscitou-O.
Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho”
a todos os homens.
O Evangelho
coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo
obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a
doação da vida nunca podem ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal,
que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse
não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida
verdadeira).
A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo
batismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova até à transformação plena
(que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da
nossa finitude).
EVANGELHO (Jo
20, 1-9)
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de
madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do
túmulo. Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro
discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e
não sabemos onde o colocaram”.
Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e
foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa
que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Olhando para dentro, viu as faixas de
linho no chão, mas não entrou.
Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo
atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que
tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num
lugar à parte.
Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado
primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. De fato,
eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia
ressuscitar dos mortos.
CRISTO, NOSSA PÁSCOA, FOI IMOLADO. ELE É O VERDADEIRO CORDEIRO, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO. MORRENDO, DESTRUIU A MORTE E, RESSURGINDO, DEU-NOS A VIDA.
A Ressurreição do Senhor é um apelo muito forte: lembra-nos sempre que vivemos neste mundo como peregrinos e que estamos em viagem para a verdadeira pátria, a eterna. Cristo ressuscitou para levar consigo os homens, na Sua Ressurreição, para onde Ele vive eternamente, fazendo-os participantes da Sua glória.
Maria, a mãe de Jesus, que acompanhou o Filho nas terríveis e duras horas da paixão; junto da Cruz, emudecida de dor, não soubera o que dizer; agora, com a Ressurreição, emudecida de alegria, não consegue falar.
Procuremos estar unidos a essa imensa alegria da nossa Mãe. Toda a esperança na Ressurreição de Jesus que restava sobre a terra tinha-se refugiado no seu coração.
Com toda a igreja, neste tempo pascal, saudemos a Virgem Maria: “Rainha do céu, alegrai-vos, aleluia! Por que aquele que merecestes trazer em vosso seio ressuscitou como disse, aleluia!…”
"A dor da compaixão foi maior que a da paixão", isto é, o sofrimento que Ele experimentou em sua humanidade não foi tão grande quanto aquele que sofreu movido pela caridade, pelo amor por nós. Jesus sofreu ao ver-nos perdidos e abandonados no pecado.
Por isso, em Sua compaixão infinita, "desceu aos infernos" de nossa miséria; como Bom Pastor, desceu conosco ao "vale da sombra da morte".
Eis o grande dom da Páscoa. Cristo entra nos cenáculos de nossa vida e deseja: "A paz esteja convosco!".
Apaziguando os nossos corações, Ele diz que não precisamos ter medo. O Bom Pastor deu a vida por suas ovelhas, desceu ao vale tenebroso para resgatar-nos; em sua grande compaixão, Ele – que não precisava – sofreu a paixão de suas ovelhas.
E agora, Ele
mesmo carrega-nos em seu regaço.
Eis a vitória da
Páscoa, a paz que podemos encontrar no coração de Cristo.
"Se morremos com
Cristo, cremos que viveremos também com Ele": se com Ele descemos ao
"vale da sombra da morte", agora temos a esperança de estar com Ele,
um dia, na glória do Céu.
Uma feliz e
santa Páscoa a todos!
PARÓQUIA SANTA EDWIGES
BRÁS DE PINA
Pároco Givanildo Luiz Andrade
Imagens: Daniel Verdial
PARÓQUIA SANTA EDWIGES
BRÁS DE PINA
Pároco Givanildo Luiz Andrade
Imagens: Daniel Verdial