Caminho que também nós somos chamados a percorrer. Constitui
um caminho essencial da espiritualidade cristã: O caminho da verdade.
É o próprio Jesus, que desceu livremente até o ponto mais baixo,
tornando-se o último.
O seu rebaixamento se dá em
degraus: de sua divindade – assume a condição humana, torna-se escravo,
sofre a morte e morte de cruz.
Esvazia-se totalmente de qualquer dignidade; reduz-se a nada.
Renunciou sua condição divina e aos próprios direitos naturais de uma pessoa comum.
Como escravo, perdeu toda as possibilidades de defender-se das acusações injustas e, por isso, foi condenado e morto como “maldito”. Desse ponto mais baixo possível, é elevado pelo Pai ao ponto mais alto.
Por causa de sua obediência e humilhação até as últimas consequências, foi exaltado por Deus
, recebendo “o nome que está acima de todo nome”.
O rebaixamento de Jesus revela sua solidariedade radical com os últimos da sociedade, com aquelas pessoas
sem valor, desprezadas, excluídas e descartadas.
Conduziu
sua vida não para a realização de interesses próprios. Não veio em busca de honra,
de glória; veio sim, como servidor voluntário das pessoas necessitadas; passou
a vida fazendo o bem.
Seu lugar social era o outro; aos “impuros” oferece o seu amor
prioritário e a salvação divina.
Esse Jesus que se fez escravo nos convida ao seu seguimento. Ele é o Messias e Salvador. Ele é nosso Mestre, Deus e Senhor de todos as coisas.
A ele dobramos nossos joelhos e prestamos homenagem, juntamente com toda a criação.
Jesus é o servo sofredor, abandonado, incompreendido e ultrajado,
permanece fiel à sua missão. Traído, é negociado por Judas por 30 moedas, o
valor de um escravo naquela época.
Em profundo sofrimento, em total solidão, derrama sua alma diante do Pai, em quem pode confiar plenamente.
Manifesta-lhe toda a sua fraqueza, pede-lhe socorro e dobra-se à vontade divina, manifestando-se firme na decisão de concluir sua tarefa com todas as consequências.
Os discípulos que deveriam vigiar com Jesus e apoiá-lo nessa hora de extrema dor, preferem abandonar-se ao sono. Considerado
“maldito de Deus”, conforme declara o texto do Deuteronômio ( 21,23 ), em seu
sofrimento e sua morte, manifesta a
total solidariedade com os sofredores e realiza-se a redenção da humanidade. O véu do
Templo se rasga de cima abaixo:
O Santos dos
santos fica exposto. A morte de Jesus ressuscita os mortos. Sua morte resgata a
vida de todos.
O Senhor corre apressadamente para a sua paixão.
Portanto, prostremo-nos a seus pés com retidão de espírito e em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de folhagens que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem o seu verdor, prostremo-nos aos pés de Cristo; revestidos do próprio Senhor . Vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo – Gl 3, 27.
Prostremo-nos a seus pés como mantos estendidos, agitando nossos ramos
espirituais, e aclamemos todos os dias, dizendo estas santas palavras: “Bendito
o que vem em nome do Senhor, o rei de Israel”.
(Cf.: Celso
Lorache. Vida Pastoral, 277, Paullus,
em Católicos com Jesus; Diocese de Colatina, Ano A, n. 1445)
Com o Domingo de
Ramos, iniciamos a Semana Santa,
ponto máximo das celebrações de nossa fé.
Não transformemos, portanto, este período num grande feriado para o lazer distante da comunidade.
Aproveitemos cada momento que a liturgia nos oferece, participando ativamente e convidando outros irmãos e irmãs para também participarem.
PARÓQUIA SANTA
EDWIGES
Rua Gurupema,
36 - Brás de Pina
Telefone: (21)
2260-4310
Pároco Padre
Givanildo Luiz Andrade
Imagens>
Daniel Verdial
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