JESUS DESAFIA OS LÍDERES QUE O QUESTIONARAM A SUPRIMIR O TEMPLO QUE É
ELE PRÓPRIO, MAS DEIXA CLARO QUE, TRÊS DIAS DEPOIS, ESSE TEMPLO ESTARÁ OUTRA
VEZ ERIGIDO NO MEIO DOS HOMENS. JESUS ALUDE, EVIDENTEMENTE, À SUA RESSURREIÇÃO.
A liturgia do 3º Domingo da Quaresma dá-nos conta da eterna preocupação
de Deus em conduzir os homens ao encontro da vida nova. Nesse
sentido, a Palavra de Deus que nos é proposta apresenta sugestões diversas de
conversão e de renovação.
Na primeira leitura, Deus oferece-nos um conjunto de indicações (“mandamentos”)
que devem balizar a nossa caminhada pela vida. São indicações que dizem
respeito às duas dimensões fundamentais da nossa existência: a nossa relação
com Deus e a nossa relação com os irmãos.
Na segunda leitura, o apóstolo Paulo sugere-nos uma conversão à lógica de Deus…
É preciso que descubramos que a salvação, a vida plena, a felicidade sem fim
não está numa lógica de poder, de autoridade, de riqueza, de importância, mas
está na lógica da cruz – isto é, no amor total, no dom da vida até às últimas
consequências, no serviço simples e humilde aos irmãos.
No Evangelho, Jesus apresenta-Se como o “Novo Templo” onde Deus Se revela aos
homens e lhes oferece o seu amor. Convida-nos a olhar para Jesus e a descobrir
nas suas indicações, no seu anúncio, no seu “Evangelho” essa proposta de vida
nova que Deus nos quer apresentar.
Homilia de Padre
Givanildo Luiz Andrade no
3º Domingo da
Quaresma – Ano B
A cena se passa no chamado pórtico dos pagãos, um grande átrio limitado por
um muro a partir do qual só era permitida a entrada dos judeus. Era uma espécie
de mercado, onde se podia comprar óleo, vinho, sal, juntamente com as ofertas
que seriam utilizadas no culto para o sacrifício ritual, desde as pombinhas,
rolinhas, até vacas e bois.
De um lado, os peregrinos tentando defender-se da
avidez dos comerciantes; de outro, os vendedores, buscando o maior lucro. É nesse
ambiente que Jesus intervém, deixando-nos uma profunda lição: não fazer da
casa de Deus uma casa de comércio.
É neste tempo de graça e renovação, que pela oração e sempre por ela,
buscando também no jejum que nos torna solidários com os desprovidos que o
Senhor Jesus vai nos conduzindo à Jerusalém, à fim de com Ele, celebrarmos a
Páscoa.
Sozinhos não podemos, mas iluminados pelos seus ensinamentos, podemos
"descer" ao mais profundo de nós mesmos e olhando -nos por dentro,
vislumbrar as nossas faltas e fadigas, confessando-as para sentir o
conforto que nos vem pela misericórdia do Senhor, que nos levanta, nos
reanimarmos e nos dar a força para retornamos ao bom caminho.
Tudo isto acontece pelo pacto, pela aliança, que é um compromisso de
reciprocidade. Daí, a importância da Lei do Senhor, que nos conduz à felicidade.
O salmo 18 canta a perfeição e a beleza da Lei e a alegria que produzida no coração daquele que a observa, leva- o assim, a descobrir sempre de novo a beleza dos mandamentos: "Senhor, tens palavras de vida eterna."
É preciso subir a Jerusalém, lugar do templo do Senhor, reedificado após
três dias - Jo 2,19, mistério de sua Páscoa que Ele anuncia, cuja consequência
é a ressurreição gloriosa do Senhor, razão da nossa esperança.
O Senhor nos anima pela sua Lei e sua presença que não a suprime, mas a completa, a subir com Ele e com Ele, sermos crucificados a fim de que possamos, com Cristo, renascer para uma vida nova.
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 2,13-25
Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas.
E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá.” Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei.”
Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo.
Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele. Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa.
Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome.
Mas Jesus não
lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; e não precisava do testemunho
de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.
CONFISSÕES
QUARESMAIS
A Quaresma é um
tempo propício para se fazer a reconciliação sacramental com Deus. Neste tempo,
as paróquias costumam organizar as confissões quaresmais. Procure se informar a
respeito dos horários e locais, preparando-se através de um sincero e profundo
exame de consciência.
Paróquia Santa Edwiges em Brás de Pina - RJ
Pároco: Pe Givanildo Luiz Andrade
Imagens: Daniel Verdial
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