Com firme postura cristã a nobre e santa Edwiges educou os filhos e
também conduziu seu esposo pelo caminho da fé. Juntos, acolhiam
os pobres, tratavam com piedade seus empregados e faziam penitências.
Empreenderam também inúmeras construções de conventos, hospitais, escolas,
mosteiros e igrejas. Assim dizia Edwiges: "Quanto mais ilustre se for pela
origem, tanto mais se deve distinguir pela virtude, e quanto mais alta for a
posição social, tanto mais obrigação se tem de edificar ao próximo pelo bom
exemplo".
Quando completou vinte
anos, a jovem manifestou o desejo de seguir a Jesus Cristo dedicando-se
completamente. De comum acordo com seu esposo, fizeram o voto de castidade. Edwiges
intensificou suas obras de caridade e acolhimento.
Visitava os hospitais e
tratava as feridas dos doentes, visitava as pessoas presas e pagava-lhe as
dívidas além de lhes conseguir um digno trabalho. Também amparava as viúvas
dando-lhes o conforto da palavra e do acolhimento. Passou sete anos no
convento. Sua filha tornou-se abadessa do convento e juntas acolheram inúmeras
jovens com desejo de dedicar sua vida a Deus. Edwiges curou a muitos cegos e enfermos.
EDWIGES: A
INTERCESSORA
Já em vida a
Duquesa Edwiges da Silésia era considerada por muitos como uma pessoa
excepcional. Alguns a tinham por uma santa.
Os que a viam viver de modo
austero, com mortificações e na prática das virtudes cristãs mais difíceis
estavam convencidos de sua santidade. Esta convicção era particularmente forte
entre os pobres e os doentes.
De fato dizem as crônicas que foram eles,
enfermos e pessoas humildes que começaram a freqüentar o túmulo de Edwiges na
Igreja da abadia de Trzebnica.
A superiora do mosteiro, filha de Edwiges,
priora Gertrudes, facilitava o acesso dos visitantes e peregrinos à pequena
capela de São Pedro, onde se encontrava o túmulo de sua santa mãe.
Os visitantes
testemunhavam a grande bondade da Duquesa, divulgavam os fatos de sua constante
generosidade e das graças que recebiam através das orações de intercessão de
Edwiges em vida. Após sua morte o povo cristão continuou contando com as suas
orações lá no céu.
Com o fluxo de
pessoas aumentando a priora Gertrudes instalou um grupo de vigilantes próximo
ao túmulo e ordenou que fossem registrados por escritos os sinais e graças
obtidos pela intercessão da famosa Duquesa falecida.
O primeiro
milagre aceito oficialmente pela intercessão de Edwiges foi registrado em 1249,
seis anos após sua morte.
Tratou-se da cura de uma mulher chamada Estanislawa. Ela penava há muito tempo com uma paralisia que lhe causava feridas constantemente abertas e foi curada pela intercessão de Edwiges.
Os milagres a
ela atribuídos continuaram. Não se conta os casos pequenos e sim os mais
evidentes e marcantes.
Até o ano de 1267 quando foi anunciada a sua canonização, a ela foram atribuídos 85 casos de auxílio extraordinário. De três deles tem-se o registro de datas: em 1249 o acima citado; em 1262 o segundo e o terceiro em 1263.
Silésia, Pomerânia, Grande Polônia, Olominiec e Moissen. A diversidade e distância das regiões de onde vinham os necessitados sinaliza já a difusão da sua inicial devoção.
Os autores de biografia de Edwiges descrevem os peregrinos e dizem que vinham até Trzebnica descalços, deitados em carroças, apoiados em bengalas ou andando com grandes dificuldades.
Desejavam tocar o túmulo da Santa Duquesa; beijá-lo e às vezes
deitar-se sobre ele na esperança de encontrar a cura para seus males. Traziam
ofertas de longe: alimentos, objetos, peças diversas. Algumas coisas eram para
sinalizar a cura que desejavam ou que já haviam tido.
O CULTO A SANTA
EDWIGES SE DIFUNDE
O culto de Santa
Edwiges logo propagou-se para além das fronteiras da Polônia. Entre muitos
motivos para esta difusão temos os vários Bispos que testemunhavam a
importância do local e da vida da Santa Duquesa.
Na Idade Média seu culto espalhou-se por toda a Europa central, da Polônia até Antuérpia e no sul até Trento e a Hungria, o que pode ser comprovado facilmente pela quantia de Igrejas e oratórios a ela dedicados.
A festa da Santa Edwiges constava do
calendário de muitas dioceses. A Santa era homenageada por 26 hinos no
Breviário, livro de orações e Salmos. Nestes hinos apareciam os nomes de nações
e povos que honravam a Santa, tais como os poloneses, alemães, franceses, etc.
A pedido do então rei da Polônia, Jan Sobieski, o Papa Inocêncio 11 (1676–1689) introduziu o culto de Santa Edwiges como obrigatório para toda a Igreja. Para comemorar este fato a abadessa do convento de Trzebnica, Cristina de Wierzbno Pawlowska, mandou fazer um sarcófago monumental em mármore, existente até hoje, com uma estátua em alabastro, representando a Santa. Ela também iniciou uma ampliação da Igreja dedicada a Edwiges, concluída muito tempo depois.
Em 1707 o Papa Clemente 11 (1700–1721), a pedido de Maria Cristina, viúva de Jan Sobieski da Polônia, recomendou a todos os sacerdotes que, na oração do breviário romano, acrescentassem, no dia 17 de outubro, uma oração especial, espécie de momento litúrgico além de todas as preces prescritas.
A escolha do dia 17 foi em função
de que no dia 15 de outubro já se celebrava a Festa de Santa Tereza de Ávila.
No século 20, em função da canonização de Santa Margarida Maria Alacoque, o
Papa Pio 11 (1922–1939) transferiu a festa de Edwiges para o dia 16 de outubro.
Em 1943
celebrou-se o sétimo centenário da morte de Santa Edwiges. Naquele ano o Papa
Pio 12 elevou a Igreja do túmulo de Edwiges à categoria de Basílica menor.
SANTA EDWIGES ROGAI POR NÓS!!!
SANTA EDWIGES ROGAI POR NÓS!!!
PARÓQUIA SANTA
EDWIGES
BRÁS DE PINA –
RJ
Pároco: Pe
Givanildo Luiz Andrade
Texto: Santuário
de Santa Edwiges
Arquidiocese de
São Paulo e Zenit.com
Imagens: Daniel
Verdial