Sair de madrugada pressupõe ter uma grande necessidade ou um grande
desejo, ou simultaneamente necessidade e
desejo.
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É de se entender que, na necessidade está implícito o desejo, porque no
fato mesmo de uma necessidade, está inclusa a vontade por algo ou por alguém,
em virtude da carência daquele (a) que necessita.
Assim, alguém
que tem fome, tem vontade de comer, desejo de saciar uma necessidade do seu
corpo que é a fome. Necessidade e vontade (desejo) que vêm de um único
coração.
Neste sentido,
trazemos a reflexão sobre o Patrão e o Reino dos Céus – desenrolar de um
acontecimento descrito por Jesus que narra a Parábola em que, o Patrão quer
encontrar-se com os trabalhadores e levá-los a ter a sua diária que os
conduzirá à salvação.
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O Patrão saiu de madrugada para contratar trabalhadores
para a sua vinha. A vinha é o lugar do encontro aonde se desenrolará o trabalho
que possibilitará o pagamento, não importando se alguns trabalhadores chegarão
à primeira hora, se ao meio dia, ou já, no declinar da jornada.
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O elo que fará
a ligação entre as horas trabalhadas em diferentes momentos, será a justiça do
Patrão, diferenciada dos critérios
colocados em prática pela legislação quer do passado, quer do presente,
pois vamos encontrar neste Patrão que
fala Jesus, uma bondade tal, que “ninguém poderá medir sua grandeza.” – Sl
144,1.
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Misericórdia e piedade é o Senhor. Esta misericórdia e piedade impele a
sair de madrugada ao encontro da nossa
carência e que, diferentemente da hora do dia, quer estar conosco na sua vinha.
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Não importa se sejamos crianças – de madrugada -,jovens – às nove horas da
manhã -, ou adultos – ao meio dia -, ou envelhecidos – ao cair da tarde. Todos
receberão o mesmo salário: a salvação.
O Senhor toca em
cada um de nós. Muda a nossa estrutura física e psíquica.
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Não dá como não
mover-se em direção a tão especial
maneira de ser, querer ver, alongar o olhar, desejar entrar em tão intrigante e
interessante maneira de ser e proceder.
É diferente de nós: É generoso no perdão. Seus pensamentos não são como os
nossos pensamentos, seus caminhos não são como os nossos caminhos.” – Is 55,
7-9. “É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz” – Sl
144(145),3.
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E assim, de
passo em passo, vamos entrando no ser de
Deus até que ele seja glorificado em nós: “para mim, o viver é Cristo e morrer
é lucro.” – Fl 1, 20c.24.27a.
Quero expressar
aqui a minha prece e a minha gratidão à catequista Mould Lup Viana, que aos 79
anos foi ao encontro do Reino dos Céus, chamada pelo Bom Pastor que confiou-lhe
por tantos anos, a missão de catequista e que, ela assumiu com tanto zelo e
amor pelas crianças na Comunidade de Santa Edwiges em Brás de Pina. Tenho
certeza que o Senhor saiu de madrugada para encontrá-la bem cedo, no raiar dos
primeiros raios de luz e fê-la entrar no
Reino que o Senhor preparou para ela: “Este é o dia que o Senhor fez para nós,
alegremo-nos.” Obrigado Mould. Obrigado por tê-la conhecido. Obrigado por sua
amizade. Muitíssimo agradecido.
Padre Givanildo Luiz Andrade
Paróquia Santa Edwiges - Brás de Pina
Imagens: Daniel Verdial
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