Estamos na
última noite de Jesus, sua páscoa definitiva, quando chega sua hora derradeira.
Há pouco, ele já havia lavado os pés dos Apóstolos, instituindo o sacerdócio,
e, à mesa, oferecera o seu Corpo e Sangue no Sacramento da Eucaristia.
Tendo
anunciado sua entrega total e incondicional por nós e por toda a humanidade,
São João nos relata suas últimas palavras, no chamado o Discurso do Adeus, que
poderíamos chamar o Testamento do Amor.
Mais do que uma obrigação legal, mandamento, no 4º Evangelho significa uma missão confiada, um projeto de vida que nos é entregue, uma herança preciosa que não se pode recusar.
Durante
os três anos de discipulado o Senhor lhes ensinara com palavras e com gestos;
agora, chegara a hora da suprema lição, levando seus ensinamentos às últimas
consequências.
Já no último domingo, nos exortava a permanecermos unidos a Ele
como os ramos à videira; hoje nos mostra qual o elo que permite esta união: o
amor.
O ideal do discípulo é tornar-se mestre, e fazer com outros aquilo que um
dia o mestre lhe fizera. O cristão só pode permanecer unido a Cristo se
manifestar de modo claro este amor, amando como Ele nos amou, participando
desta simbiose de amor: o Pai que ama o Filho, o Filho que nos transmite este
amor, para que nós nos amemos mutuamente, produzindo frutos que permaneçam.
Não
se trata de um amor filosófico, abstrato, mas de ações concretas, como concreto
foi seu amor pela humanidade: não há maior prova de amor do que aquele que dá a
vida por seus amigos.
Para isso é essencial estarmos firmes a
Ele, para não cairmos na tentação de nos deixarmos levar por falsos amores
perdendo, assim, o Amor verdadeiro.
Como na célebre Odisseia de Homero, quando, após anos e anos afastado de sua pátria e de sua amada Penélope, fez se atar voluntariamente ao mastro principal da embarcação para não sucumbir às belas e perigosas sereias, cujo canto enfeitiçava os marinheiros, precipitando-os para o mar e à morte.
Temos que estar firmes, fixos à videira verdadeira para não sucumbirmos aos falsos apelos do mundo que, em meio às águas do mar bravio, procuram naufragar nossas vidas que têm como destino o Porto definitivo.
Se sozinhos não podemos por nós mesmos
manifestar a plenitude deste amor a cada dia, invoquemos continuamente a
assistência do amor de Deus, o Espírito Santo que foi derramado em nossos
corações, para cuja vinda, a liturgia nos prepara a partir de agora:
VINDE ESPÍRITO SANTO, ENCHEI OS CORAÇÕES DE VOSSOS FIÉIS E ACENDEI NELES
O FOGO DO VOSSO AMOR.
ORAÇÃO PARA O DIA DAS MÃES
Para ser rezada
pelos(as) filhos(as) cujas mães estão entre nós
Deus de Amor, por vosso amor criastes as mães e, por este amor, eu
existo. Ouvi,
pois, minha oração. Abençoai aquela que me destes por mãe. Fazei que, ao longo
da vida, ela encontre paz e compreensão. Que nunca lhe faltem meu afeto e meu
carinho. Que eu saiba valorizar todos os ensinamentos que dela recebi.
Para ser rezada
pelos(as) filhos(as) cujas mães são falecidas
Deus da Vida, rezo hoje por aquela que me destes por mãe e que a morte
levou de junto de mim. Se grande é a saudade, maiores são minha
fé e minha esperança. Pela força do Cristo Ressuscitado, espero firmemente
estar um dia junto de vós, com minha mãe e com todos os que ela me ensinou a
amar. Para ser rezada pelas mães Deus da Alegria, venho agradecer o dom da
maternidade. Venho agradecer o(s) filho(s) que me destes. Sou humana, tenho
limites e fragilidades, mas, em vosso amor, posso me tornar a mais forte de
todas as mulheres, gerando, protegendo e defendendo a(s) vida(s) que de vós
recebi para cuidar. Acolhei meu louvor e minha ação de graças.
Para ser rezada
por todos
Deus da Paz, ouvi a prece que hoje vos fazemos em agradecimento pelo dom
da maternidade. Fazei que o mundo valorize, cada vez mais, a vida, a
maternidade, a paternidade, a família e a comunidade. Ajudai-nos a descobrir a
força que brota do amor, força que faz acontecer o milagre da vida, força que,
em Cristo Jesus, vence até a morte. Amém.
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