segunda-feira, 19 de maio de 2014

PARA ONDE QUERES IR? “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA” – Jo 14, 6 - V Domingo da Páscoa


Durante a Última Ceia, quando Jesus, predizendo a traição de Judas e a tríplice negação de Pedro, profere seu chamado discurso de despedida, ou do adeus.
 A primeira leitura apresenta-nos alguns traços que caracterizam a “família de Deus” (Igreja): é uma comunidade santa, embora formada por homens pecadores; é uma comunidade estruturada hierarquicamente, mas onde o serviço da autoridade é exercido no diálogo com os irmãos;
 é uma comunidade de servidores, que recebem dons de Deus e que põem esses dons ao serviço dos irmãos; e é uma comunidade animada pelo Espírito, que vive do Espírito e que recebe do Espírito a força de ser testemunha de Jesus na história.
A segunda leitura também se refere à Igreja: chama-lhe “templo espiritual”, do qual Cristo é a “pedra angular” e os cristãos “pedras vivas”. Essa Igreja é formada por um “povo sacerdotal”, cuja missão é oferecer a Deus o verdadeiro culto: uma vida vivida na obediência aos planos do Pai e no amor incondicional aos irmãos.
O Evangelho define a Igreja: é a comunidade dos discípulos que seguem o “caminho” de Jesus – “caminho” de obediência ao Pai e de dom da vida aos irmãos. Os que acolhem esta proposta e aceitam viver nesta dinâmica tornam-se Homens Novos, que possuem a vida em plenitude e que integram a família de Deus – a família do Pai, do Filho e do Espírito.
Homilia de Padre Givanildo, Luiz Andrade
“Hoje e sempre encontramos multidões que têm fome e sede de Deus. O coração da pessoa humana foi feito para procurar e amar a Deus. E o Senhor facilita esse encontro, pois ele também procura cada  pessoa através de inúmeras graças, de atenções cheias de delicadeza e de amor. 
A sua sede de salvar o homem é tal que declara: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” – Jo 14,6. Tal declaração tem a sua origem  na  pergunta de Tomé o qual, ao não compreender tudo o que Jesus afirmara acerca de Seu regresso ao Pai, lhe perguntara:  “Senhor, não sabemos para onde vais. Como é que sabemos o caminho? “ – J0 14, 5.
 O apóstolo pensava num caminho material, mas Jesus  indica-lhe um caminho espiritual, tão sublime  que se identifica com sua pessoa: “Eu sou o caminho”; e não lhe mostra apenas o caminho, mas também a meta – “a verdade e a vida” – à qual  conduz e que é também  Ele mesmo. Jesus é o caminho que conduz ao Pai: “Ninguém vai ao Pai senão por Mim” – Jo  14, 6; é a verdade que O revela: “Quem me viu, viu o Pai” – Jo 14,9; é a vida que comunica aos homens a vida divina: “assim como o Pai tem a vida em Si mesmo”, assim a tem o Filho e dá-a “àquele que quer” – Jo  5, 26.21. “Eu estou no Pai e o Pai está em Mim” –Jo14,11. 
Assim, Jesus verdadeiro homem e verdadeiro Deus, caminho que conduz ao Pai e igual em tudo ao Pai, fundamenta a vida do cristão e de toda a Igreja.

Por onde queres ir?  Eu sou o caminho. Para onde queres ir?  Eu sou a verdade. Onde queres permanecer? Eu sou a vida.
Fica conosco, Senhor, porque anoitece!
Como Te encontraremos, ao declinar do dia, se o  teu caminho não cruzar o nosso caminho?
 Fica conosco, dá-nos a tua luz: e a alegria vencerá a escuridão da noite. Venham às nossas mãos para Ti estendidas, as chamas acesas do Espírito, Fonte de vida; e purifica no mais fundo do coração do homem a tua imagem que a culpa escureceu.
Fica conosco, Senhor, porque anoitece!
Vimos o romper o dia sobre o teu belo rosto, e o sol abrir caminho em tua fronte: não deixes o vento do da noite apagar o fogo novo que ao passar, na manhã, tu nos deixaste.

(Cf.: Presbitero  2010; Mons. José Maria Pereira – V Domingo da Páscoa A;  Hino de Vésperas – Liturgia  das Horas:  Laudes e Vésperas, Coimbra – 1978, pg 1311)


PARÓQUIA SANTA EDWIGES
BRÁS DE PINA - RJ
Pároco Givanildo Luiz Andrade
Imagens: Daniel Verdial

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